A Prefeitura de Rio Preto, por meio da Secretaria da Mulher, Pessoa com Deficiência e Igualdade Racial, participou na manhã desta quarta-feira, 12/3, de reunião na sede do Comando de Policiamento do Interior-5 (CPI-5), com representantes da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. O objetivo do encontro foi apresentar o programa Cabine Lilás, dentro do SP Mulher, além de trocar informações e alinhar fluxos com outros agentes da rede de enfrentamento à violência doméstica e familiar.
Estiveram presentes representantes da Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Científica, além do juiz e da promotora titulares da Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Rio Preto e representantes da Defensoria Pública. A Cabine Lilás está em processo de implementação em cidades paulistas e, em Rio Preto, atua desde o fim de fevereiro, sendo a primeira do interior. Na capital, o projeto completou um ano.
A Cabine Lilás é um serviço de proteção que reforça a rede de apoio à mulher vítima de violência doméstica e familiar e pode ser solicitado pela própria vítima ou ser ofertado pelo atendente, caso a mulher queira falar diretamente com uma policial ou se tiver dúvidas em relação a quais medidas adotar caso seja agredida. O objetivo é oferecer um atendimento personalizado para mulheres que ligam nos Centros de Operações Policiais Militares (Copom), os quais atendem as ligações feitas para o 190.
“A partir da resolução que institui o SP Mulher, o objetivo é atuar em três frentes: organizar uma base única de dados entre as forças de segurança, integrar fluxos de procedimentos e reforçar as parcerias com a rede não policial”, explica o tenente-coronel Rodrigo Vilardi. “Quando qualificamos o atendimento e os fluxos e fazemos essa articulação da rede de proteção à mulher, conseguimos evitar a revitimização e a volta dessa vítima para o ciclo de violência”, complementa a delegada Milena Massuco Suegama. Ambos atuam em São Paulo.
O capitão Mizael Gonçalves Marcelino, chefe do Copom de Rio Preto, informa que, para implementação da Cabine Lilás, em um primeiro momento, policiais militares femininas fizeram capacitação em São Paulo. Em um segundo momento, foi feito um levantamento dos serviços oferecidos às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar nas 96 cidades da área de abrangência do CPI-5. Agora, parte-se para organização de um banco de dados de ocorrências.
A primeiro-sargento da PM Arlete Tavares de Azevedo, supervisora da equipe do Copom, afirma que o contato posterior com a mulher vítima de violência doméstica e familiar é essencial para mantê-la na rede de proteção. “Na hora da emergência, quando a mulher liga 190, é preciso agir rapidamente. Em um segundo momento, é possível apresentar os serviços, passar as informações e fazer os encaminhamentos necessários.”
Para a secretária da Mulher, Pessoa com Deficiência e Igualdade Racial de Rio Preto, Rosicler Quartieri, “a Cabine Lilás é um suporte imprescindível para que o trabalho oferecido pela Secretaria da Mulher tenha êxito, uma vez que serve para encaminhar a vítima para uma rede de proteção, onde ela recebe orientações sobre os serviços de acolhimento oferecidos pelo município”.