O governo de São Paulo está implementando um ambicioso projeto de segurança pública conhecido como "Muralha Paulista". Esse projeto, que teve início em gestões passadas, visa interligar sistemas de câmeras de prefeituras, radares de trânsito e o Córtex - a base de dados criminais do governo federal. Anteriormente chamado de Detecta, o programa agora busca mirar a redução de 18 tipos de delitos, a maioria sendo variações do crime de roubo que não possuem tipificação própria.
Uma das principais estratégias do "Muralha Paulista" é a segmentação dos crimes, com o objetivo de implementar modelos de prevenção e investigação específicos para cada tipo de delito. Por exemplo, o roubo de celular feito por uma pessoa de bicicleta passaria a ser considerado um tipo distinto de crime, assim como o roubo a passageiros em pontos de ônibus e o assalto a motoristas dentro de carros parados no trânsito. Com essa abordagem segmentada, o governo espera reduzir os índices de ocorrência de cada um desses crimes.
Para alcançar tais objetivos, o programa conta com investimentos em quatro grupos principais: infraestrutura, que inclui sistemas de processamento de imagens e armazenamento de dados em nuvem; sensores, como câmeras e tornozeleiras eletrônicas; integração entre os diversos sistemas já existentes, como radares de trânsito e câmeras da Prefeitura; e sistemas de emissão de alertas para as forças de segurança.
Um dos pontos cruciais do programa é o sistema de alerta em tempo real, que permitirá que os analistas das forças de segurança sejam informados caso haja indícios de que um criminoso está prestes a cometer novos delitos. Essa abordagem tecnológica visa impedir a "mobilidade criminal", ou seja, evitar que os criminosos consigam se deslocar pela cidade sem controle do Estado.
Com o "Muralha Paulista", o governador de São Paulo demonstra um compromisso renovado com a segurança pública, adotando estratégias inovadoras e tecnologicamente avançadas para combater o crime. A implementação bem-sucedida desse projeto pode representar um marco significativo na luta contra a criminalidade na região, oferecendo um modelo para outras localidades enfrentarem desafios semelhantes.
No total do pacote que inclui um decreto e a promessa de investimentos de R$ 158 milhões para a aquisição de dispositivos eletrônicos de monitoramento, com foco no centro da capital e na Baixada Santista, como parte de uma nova etapa do programa Muralha Paulista. Tarcísio tem mencionado o programa desde o final do ano passado, prometendo "investimentos pesados" no setor, após admitir, no balanço do primeiro ano de gestão, que a segurança pública é a área do governo que mais deixou a desejar.
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